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Nasa busca sistemas mais eficazes de alerta antecipado de asteroides

A agência espacial americana (NASA), universidades e grupos privados dos Estados Unidos estão mobilizados para desenvolver sistemas de alerta capazes de localizar com a maior antecedência possível pequenos asteroides potencialmente devastadores, como o que caiu na sexta-feira (15) na Rússia.

A Nasa destacou, no entanto, que um fenômeno desse tipo é raro."Um incidente dessa amplitude só ocorre, em média, uma vez a cada 100 anos", revelou Paul Chodas, um dos encarregados do programa espacial para detecção de Objetos Próximos da Terra (NEO, na sigla em inglês). 



A Nasa avalia que, antes da entrada do asteroide na atmosfera sobre a Rússia, ele tinha 17
metros de diâmetro e pesava dez toneladas. O impacto dos fragmentos do meteorito deixou mais de mil feridos e provocou uma explosão similar à de 500 mil toneladas de TNT.
"O programa da Nasa se concentra nos últimos anos na detecção de pequenos asteroides, e vários progressos foram alcançados", revelou recentemente Lindsey Johnson, diretor do programa NEO.
Segundo o especialista, "há dez anos não teríamos podido detectar o 2012 DA14" – asteroide de 45 metros de diâmetro que passou raspando pela Terra também na sexta-feira e, caso caísse no planeta, teria provocado uma grande destruição.
Johnson lembrou que esses objetos são numerosos no nosso entorno – cerca de 500 mil –, enquanto é difícil acompanhá-los por causa de seu tamanho pequeno.
De acordo com uma meta fixada pelo Congresso americano em 1998, a Nasa descobriu e classificou cerca de 95% dos asteroides com mais de 1 km de diâmetro que estão nas proximidades da órbita terrestre e ao redor do Sol, sendo capazes de provocar destruições apocalípticas.
Atualmente, o NEO detecta e acompanha asteroides e cometas que passam perto da Terra com a ajuda de telescópios no solo e orbitais. Os cientistas, então, calculam a massa e a órbita dos objetos para determinar se eles representam perigo.
Por meio desse sistema, o radiotelescópio Arecibo instalado em Porto Rico, com uma antena de 305 metros de diâmetro, pode observar com grande sensibilidade um terço do céu estrelado e detectar asteroides grandes.
Todas as observações de asteroides feitas no mundo por telescópios, inclusive amadores, devem ser transmitidas ao "Minor Planet Center", organização financiada pela Nasa, dirigida pelo Observatório Astrofísico Smithsonian e vinculada à União Astronômica Internacional.
No entanto, a Nasa se esforça, também em um contexto de ajustes orçamentários, para desenvolver outros sistemas capazes de acompanhar especificamente objetos pequenos. Nesse sentido, a agência destina US$ 5 milhões (quase R$ 10 milhões) a um projeto na Universidade do Havaí chamado Atlas (Asteroid Terrestrial-Impact Alert System).
Segundo os cientistas, o Atlas, que observará todo o céu visível à noite, poderá detectar objetos de 45 metros de diâmetro uma semana antes de seu impacto na Terra. Para os asteroides de 150 metros de diâmetro, esse sistema, que poderá funcionar no fim de 2015, ofereceria um alerta com três semanas de antecedência.
"Nossa meta é encontrar esses objetos e proporcionar um alerta precoce o suficiente para tomar medidas de urgência de proteção à população", explicou John Tonry, principal encarregado científico do projeto.
No entanto, os esforços da Nasa são considerados insuficientes por alguns antigos astronautas e cientistas que lançaram um projeto no ano passado para financiar, construir e lançar o primeiro telescópio espacial privado que vai acompanhar asteroides e "proteger a humanidade".
A fundação B612 tenta arrecadar US$ 450 milhões (quase R$ 900 milhões) para construir e deslocar um telescópio espacial que será posto em órbita ao redor do Sol, a 273 milhões de quilômetros da Terra, para descobrir a maioria desses objetos ainda visíveis.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/02/nasa-busca-sistemas-mais-eficazes-de-alerta-antecipado-de-asteroides.html



Meteorito deixa quase mil feridos e causa pânico na Rússia. 





Cerca de 950 pessoas ficaram feridas em consequência de um meteorito que atravessou o céu sobre a Rússia nesta sexta-feira (15), lançando bolas de fogo na direção da Terra, quebrando janelas e acionando alarmes de carros, afirmou o governador da região de Cheliabinsk, Mikhail Yurevich, citado pela agência pública Ria Novosti.

"O número de feridos é de 950", declarou o governador. O balanço anterior era de mais de 500 feridos na região, muitos deles por estilhaços devido à quebra das janelas. Muitos feridos foram tratados por cortes superficiais e hematomas causados pelos vidros quebrados, afirmou a polícia local à agência RIA Novosti.
O trânsito pela manhã foi detido subitamente na cidade de Cheliabinsk, nos Urais, enquanto o meteorito queimava parcialmente em sua queda ao ingressar na camada inferior da atmosfera sobre a cidade, iluminando o céu, segundo imagens exibidas pela televisão.
Os primeiros relatórios afirmaram que uma parte do meteorito caiu a 80 km da cidade de Satki, que fica 100 km ao oeste do centro regional, mas isto não foi confirmado oficialmente.
"Este meteorito foi um objeto bastante grande com uma massa de várias dúzias de toneladas", calculou o astrônomo russo Serguei Smirnov, do Observatório Pulkovo, em uma entrevista ao canal Russia 24.

Moradores que estavam a caminho do trabalho em Chelyabinsk ouviram um barulho que parecia ser de uma explosão, viram uma luz forte e sentiram uma onda de tremor, de acordo com um correspondente da Reuters na cidade industrial, que fica a 1.500 quilômetros de Moscou.
O meteorito atravessou o horizonte, deixando um longo rastro branco em seu caminho que podia ser visto a até 200 quilômetros de distância, em Yekaterinburgo. Alarmes de carros soaram, janelas quebraram e telefones celulares tiveram o funcionamento afetado pelo incidente.
"Eu estava dirigindo para o trabalho, estava bem escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia", disse Viktor Prokofiev, de 36 anos, morador de Yekaterinburgo, nos Montes Urais. "Me senti como se estivesse ficado cego pela luz", acrescentou.
Não foram relatadas mortes em consequência do meteorito, mas o presidente Vladimir Putin, que nesta sexta recebe ministros da Fazenda dos países do G20, e o primeiro-ministro Dmitry Medvedev foram notificados sobre os acontecimentos.
Não há informações sobre a relação da queda do meteorito com a passagem, nesta sexta, de um asteroide de 50 metros de comprimento a 27.700 km acima da superfície da Terra. A distância é menor do que a órbita dos satélites de comunicação.
Alguns veículos da imprensa chegaram a informar que uma chuva de meteoritos teria caído sobre os Urais.
"Não foi uma chuva de meteoritos, mas um meteorito que se desintegrou nas camadas baixas da atmosfera", disse à agência "Interfax" a porta-voz do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, Elena Smirnij.
Elena acrescentou que a onda expansiva provocada pela queda do corpo celeste quebrou as janelas de "algumas casas na região".
O ministério das Situações de Emergência disse que os níveis de radiação na região não mudaram e que 20 mil socorristas foram enviados para ajudar os feridos e localizar os que precisam de ajuda.

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