quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Operadora de Fukushima anuncia medidas para controlar vazamentos


Ministro Toshimitsu Motegi (no centro) usa roupa e máscara de proteção e máscara para inspecionar Tepco nesta segunda (26) (Foto: Tokyo Electric Power Co/Reuters)

Após uma semana da confirmação do vazamento de água radioativa em um dos tanques de armazenamento da usina de Fukushima, a operadora Tokyo Electric Power (Tepco) anunciou nesta terça-feira (27) uma série de medidas emergenciais para evitar novos vazamentos.

Entre as medidas adotadas pela Tepco estão a criação de uma delegação especial de trabalhadores para vigiar as unidades de armazenamento, a instalação de indicadores para calibrar o nível de água acumulada e a realização de controles adicionais das válvulas de drenagem.

'Após levar em consideração a opinião de grupos de analistas e realizar reuniões em nível nacional, seguimos nos esforçando para resolver este problema, considerado como a maior prioridade em nível de gestão', detalhou a operadora em comunicado.

À margem do vazamento registrado nos porões da usina, há menos de uma semana, a Tepco revelou um vazamento de aproximadamente 300 toneladas de água radioativa de um de seus contêineres, enquanto altos índices de radiação foram encontrados na parte inferior de outros dois.

A nova delegação de trabalhadores da Tepco será formada por cerca de 100 operários, liderados pelo presidente da elétrica, Naomi Hirose, e coordenados a partir da fábrica pelo vice-presidente, Zengo Aizawa.

Aproximadamente 50 trabalhadores do contingente reforçarão a equipe de trabalhadores de maneira imediata e, com isso, se responsabilizarão pela análise dos tanques e por inspecionar e reportar possíveis danos nestas unidades.

Estes operários contarão com um aparelho para medir a radiação e termógrafos capazes de identificar o nível de água dentro dos tanques, o que permitirá individualizar os vazamentos com uma simples inspeção visual.

Concretamente, essa analise deverá ser feita em 350 tanques do mesmo modelo que, até o momento, conta somente com três exemplares com defeitos.

Até o momento, a Tepco não se pronunciou sobre as causas dos vazamentos, enquanto as inspeções em todos estes modelos de tanques continuam sendo realizadas, já que os mesmos foram construídos de forma apressada no início da crise nuclear em março de 2011.

Empresário lança serviço de 'autópsia digital' no Reino Unido


Médica forense Kastoori Karuppanan mostra funcionamento de autópsia digital. (Foto: Reuters/Bazuki Muhammad)

O empresário Matt Chandran, da Malásia, quer substituir o bisturi por um scanner e um computador touchscreen. Ele acredita que sua “autópsia digital” pode substituir a autópsia tradicional, acelerando investigações, reduzido o estresse das famílias em luto e amenizando sensibilidades religiosas.

Ele pretende lançar o primeiro serviço de autópsia digital em outubro no Reino Unido e espera trabalhar em conjunto com autoridades locais. Pelo menos 18 serviços como esse estão planejados.

Segundo o empresário, que vê no ramo um grande negócio, cerca de 70 milhões de pessoas morrem todos os anos e por volta de 10% dessas mortes são casos que necessitam de autópsia. “Esse é um número grande, então temos a visão de que essa é uma grande linha de serviços que está se formando ao redor do mundo”, disse Chandran em entrevista.

Para ele, a percepção ruim que as pessoas têm de autópsias tem prejudicado seu apelo comercial. "Infelizmente, porque o processo de autópsia é visto como macabro, as pessoas tendem a ignorar isso", diz Chandran.
Esqueleto é analisado em imagens em 3D (Foto:
Reuters/Bazuki Muhammad)

História de 3 mil anos

Humanos têm cortado seus mortos há pelo menos 3 mil anos para entender melhor a morte, mas a autópsia nunca foi muito popular fora dos programas de TV sobre investigações criminais.

Na década de 1950, a autópsia estava no seu ápice. Patologistas realizavam o procedimento em mais de 60% dos que morriam nos Estados Unidos e na Europa, o que ajudou a descobrir mais detalhes sobre muitas doenças.

Mas o número de autópsias têm caído: hoje, menos de 20% das mortes na Grã-Bretanha são seguidas de uma autópsia. A maioria delas é ordenada por médicos legistas quando a causa da morte não está clara. A queda tem sido atribuída a uma rejeição cada vez maior por um procedimento considerardo bruto e ultrapassado.

Chandran quer mudar tudo isso conectando o software de imagens em 3D de sua empresa iGene com um aparelho de ressonância magnética. Um especialista pode, então, explorar um cadáver virtual em 3D, removendo camadas de tecido, pele e osso com um mouse ou com o auxílio do touchscreen.

Médico forense manipula imagem de cadáver.
(Foto: Reuters/Bazuki Muhammad)

De acordo com Chandran, as vantagens são consideráveis. O material digital permanence intacto e pode ser revisto; especialistas podem localizar e identificar com mais facilidade fraturas ou objetos estranhos como balas e outros fragmentos. Dessa forma, a família pode saber como seus entes queridos morreram sem que o corpo tenha de ser cortado.

Apesar de não ser a primeira vez que a técnica é utilizada, o empresário afirma que iGene é a primeira empresa a oferecer o serviço – que vai desde o momento da morte até a entrega do relatório post-mortem – comercialmente. A ideia é que, nos casos em que autoridades solicitarem uma autópsia, a família possa optar por uma autópsia comum, paga pelo estado, ou uma autópsia digital, que deve custar o equivalente a R$1.900.

Céticos
Nem todos acreditam que a autópsia digital pode substituir completamente a autópsia tradicional. Alguns questionam se ela pode localizar alguns tipos de doença. Mesmo um pioneiro como Guy Rutty, patologista forense da Universidade de Leicester e o primeiro a usar imagens de tomografia computadorizada como evidência em um julgamento criminal, diz que ainda há limites para o que uma autópsia digital pode fazer, particularmente a determinação de onde e quando o paciente morreu.

“Há centros que proporcionam esses serviços, mas outros estão sendo mais cautelosos e ainda estão em um estágio de pesquisa”, disse Rutty. Mesmo diante de ressalvas, Chandran continua sonhando alto. “Assim como a certidão de nascimento começa com o nascimento de um bebê, o final de sua vida será marcado por um relatório no qual o corpo em 3D é capturado”, ele diz. “Dessa maneira, poderemos arquivar todas as pessoas nascidas nesse planeta.”

Especialistas demonstram funcionamento de autópsia digital. (Foto: Reuters/Bazuki Muhammad)

Plano de unir Mar Morto e Mar Vermelho gera polêmica ambiental


Vista aérea mostra que Mar Morto está secando. (Foto: AFP Photo/Menahem Kahana)

Um plano de ligar o Mar Vermelho com o Mar Morto pode salvar este último da evaporação total e levar água dessalinizada a bairros com pouco abastecimento em Israel, Jordânia e Palestina.

Mas ambientalistas alertam que o projeto “Vermelho-Morto” pode ter consequências terríveis, alterando a química particular do lago de água salgada que fica no ponto mais baixo da Terra.

O primeiro ministro da Jordânia, Abdullah Nsur, disse nesta segunda (26) que seu governo havia decidido seguir em frente com o projeto de US$ 980 milhões de dólares, que daria à Jordânia 100 milhões de metros cúbicos de água por ano.

“O governo aprovou o projeto depois de anos de estudos técnicos, políticos, econômicos e geológicos”, disse Nsur em conferência para a imprensa. De acordo com o plano, a Jordânia vai retirar água do Golfo de Aqaba, no norte do Mar Vermelho, para um local onde será construída uma usina de dessalinização, que será usada para tratar a água.

“A água dessalinizada vai para o sul para (a cidade jordaniana de) Aqaba, enquanto a água salgada será bombeada para o Mar Morto”, disse Nsur. O Mar Morto, que tem a água mais salgada do mundo, está em vias de secar até o ano de 2050.

Ele começou a encolher na década de 1960, quando Israel, Jordânia e Síria começaram a desviar água do Rio Jordão, seu principal afluente. O nível do Mar Morto tem diminuído, em média, um metro por ano. De acordo com a informação mais recente, o nível está em 427,13 metros abaixo do nível do mar, 27 metros mais baixo do que em 1977.

O plano prevê que a maior parte da água dessalinizada vá para a Jordânia, com quantidades menores sendo transferidas para Israel e para a Autoridade Palestina.

Mas grupos ambientais têm pedido para que os três parceiros desistam do projeto para proteger o meio ambiente. A principal preocupação, segundo eles, é que um grande aporte de água do Mar Vermelho possa mudar radicalmente o ecossistema frágil do Mar Morto.

O ministério israelense de proteção ambiental diz que estudos feitos até agora deixam uma “grande incerteza” e pede que o plano seja aplicado em uma escala menor para testar se o projeto dará certo.

Para palestinos, o projeto em conjunto implica questões políticas, como Israel permitir que eles desenvolvam parte da costa que fica em uma área ocupada por Israel. “Nós gostaríamos de fazer parte desse projeto cooperativo”, disse Shaddad Al-Attili, chefe da Autoridade Palestina de Águas. “Gostaríamos de ser tratados com igualdade em relação a Jordânia e a Israel, gostaríamos de nos beneficiar com os resultados”.

“Mas antes de tudo isso, gostaríamos de ter acesso ao Mar Morto, não apenas para conseguir água e nadar no mar, mas também para construir hotéis e desenvolver atividades turísticas”, completou Al-Attili.

A riqueza mineral do Mar Morto é considerada terapêutica e visitantes adoram flutuar na água densa, que não deixa que a pessoa afunde. Israelenses gerenciam um grande número de hotéis e praias na região.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Meteoros Perseidas são vistos em vários pontos do Hemisfério Norte.



Fenômeno cruzou céu da Bulgária, Macedônia e dos EUA na madrugada.
Evento anual ocorre quando a Terra cruza órbita do cometa Swift-Tuttle.

Meteoro Perseida cruza o céu de Potsurnentsi, na Bulgária (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)
Meteoro cruza o céu da igreja medieval St. Ioan, perto de Potsurnentsi, na Bulgária (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)

Na imagem acima, um meteoro aparece cruzando o céu da igreja medieval St. Ioan, perto da vila de Potsurnentsi, na Bulgária.

As Perseidas começaram a ser vistas com maior clareza quando seu ponto radiante, na direção norte, saiu sobre o horizonte. Foi possível observar meteoros durante toda a noite, mas só a partir do nascimento da constelação de Perseu (às 2h, pelo horário de Brasília) que mais meteoros puderam ser visualizados, segundo o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1. Por hora, é possível ver de 10 a 15 meteoros, de acordo com o especialista.

Isso ocorre porque, a cada ano, a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle, que passou próximo do Sol pela última vez em 1992. Essa chuva de meteoros costuma ter sua máxima atividade entre os dias 12 e 13 de agosto, mas o fenômeno é apreciável em menor intensidade desde a segunda metade de julho até o fim de agosto.

Jovens observam o céu perto de Yangon, Mianmar, para ver meteoros na segunda (12) (Foto: Ye Aung Thu/AFP)Jovens observam o céu perto de Yangon, Mianmar,
para ver meteoros à noite (Foto: Ye Aung Thu/AFP)
No momento da observação dos meteoros, a Lua estará em fase crescente e será ocultada no momento em que será possível avistar os meteoros. Por essa razão, segundo assegura o Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), em comunicado citado pela agência espanhola EFE, o satélite natural da Terra "não será um obstáculo para a observação".

As estrelas cadentes são pequenas partículas de pó de diferentes tamanhos – algumas menores que grãos de areia –, deixadas pelos cometas ao longo de suas órbitas ao redor do Sol.

Quando um cometa se aproxima de regiões interiores do Sistema Solar (onde ficam os planetas terrestres: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte), seu núcleo formado por gelo e rochas se sublima pela ação da radiação solar. Assim, o cometa gera sua característica cauda de pó e gás, e a corrente de partículas resultante se dispersa pela órbita do cometa e é atravessada todos os anos pela Terra em seu percurso ao redor do Sol.

É nesse encontro, quando as partículas de pó se desintegram ao entrar em grande velocidade na atmosfera
terrestre, que os conhecidos traços luminosos recebem o nome científico de meteoros, explica o IAC.


Meteoros Perseidas também foram vistos no sítio arqueológico de Stobi, na Macedônia, que já foi a
maior cidade do norte dessa província romana e, mais tarde, a capital (Foto: Ognen Teofilovski/Reuters)


Imagem feita em longa exposição mostra meteoro sobre o céu da aldeia de Kozle, a sudeste de Skopje, na Macedônia, no início desta terça-feira (13) (Foto: Boris Grdanoski/AP)


Meteoros riscaram o céu do Parque Estadual Cathedral Gorge, em Nevada, nos EUA, na segunda (12) (Foto: Ethan Miller/Getty Images/AFP)